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Felipe Mianes e Mariana Baierle ministram palestra “Construção Literária inclusiva” na Feira do Livro

Dentro da programação dos Colóquios de Inclusão que ocorrem na 60ª Feira do Livro de Porto Alegre está a mesa “Construção Literária Inclusiva”. O debate será ministrado por Felipe Leão Mianes e Mariana Baierle. Será no dia 15 de novembro (sábado), das 16h15min às 18h15min, na Estação de Acessibilidade.

Felipe é historiador, mestre em Educação, doutorando em Educação pela UFRGS e autor do blog www.arteficienciavisual.blogspot.com. Mariana é jornalista da TVE, mestra em Letras pela UFRGS e editora do blog www.tresgotinhas.com.br.

Na oportunidade, os dois irão abordar aspectos de suas construções literárias. Embora tenham características singulares, as narrativas de Felipe e Mariana são permeadas por vivências de mundo sob a ótica das pessoas com deficiência visual. Ambos tem menos de 20% de visão e, através da literatura, transpõe suas perspectivas, interpretações e inquietações.

Eles devem compartilhar com o público também suas experiências com produções literárias e culturais em diferentes mídias. Irão introduzir ainda a discussão sobre formatos de conteúdo acessível e os recursos de acessibilidade disponíveis.

SERVIÇO

O quê: palestra “A Construção Literária Inclusiva” dentro da programação dos Colóquis de Inclusão na 60ª Feira do Livro de Porto Alegre

Ministrantes: Felipe Mianes (doutorando em Educação pela UFRGS) e Mariana Baierle (jornalsita da TVE e mestre em Letras)

Quando: 15 de novembro (sábado)

Horário: 16h15 às 18h15

Onde: Praça da Alfândega, 60o Feira do Livro de Porto Alegre – Estação de Acessibilidade

Inscrições: gratuitas pelo email coloquiosdeinclusao@desenvolver-rs.com.br até um dia antes ou pessoalmente até 20 minutos antes (conforme lotação máxima do espaço)

Projeto “Vivendo Histórias”eva literatura a idosos cegos

“Vivendo Histórias” é um projeto de extensão desenvolvido por alunos do curso de Biblioteconomia da UFRGS. Eles realizam contações de histórias para os moradores da Casa Lar do Cego Idoso, que fica no bairro Ruben Berta em Porto Alegre e abriga idosos que perderam a visão. São vovôs e vovós não teriam acesso à literatura se não fosse pelo trabalho voluntário dos estudantes. A maioria dos idosos perdeu a visão já com a idade adulta, ou seja, não foram alfabetizados no sistema braile.

Segundo a professora Eliane Moro, uma das coornadoras do projeto, o objetivo é trazer estímulo e desenvolvimento intelectual, moral e emocional aos idosos. O projeto acontece todos os sábados desde 2012. A professora salienta os laços de afeto que são criados. Os alunos são aguardados pelos moradores com muita expectativa durante toda a semana. São desenvolvidas atividades de contação de histórias, misturadas com elementos da música e do teatro.

Os gêneros mais pedidos são as lendas e os contos de fadas. Um dos idosos é apaixonado pelos contos de Machado de Assis. Então a cada encontro é trazido um contos diferente. Em alguns momentos ocorre inclusive uma troca de papeis, em que os idosos contam histórias aos estudantes – uma forma eficiente e descontraída de estimular a memória, a criatividade e o desenvolvimento social.

O projeto é uma atividade de extensão do curso de Biblioteconomia da UFRGS e os acadêmicos recebem créditos complementares pela participação. Estudantes de outras graduações da UFRGStambém podem participar.

Para mais informações sobre o Projeto escreva para o email vivendohistorias@yahoo.com.br./

Ou você pode entrar em contato diretamente com a Casa Lar do Cego Idoso (rua braille, 480, bairro Ruben Berta – Porto Alegre – fone 51 3340 6840). São mais de 40 idosos moradores da casa. A instituição precisa de doações de alimentos, principalmente leite, e também material de higiene pessoal. A ajuda de voluntários é sempre bem-vinda em todas as áreas.

Literatura infantil acessível

Recebi a obra Sonhos do Dia, de Claudia Verneck, de presente da minha amiga Marcia Caspary. Apesar da demora para lê-lo, agora que o fiz estou radiante. A obra conta a história de uma menina que tem muitos sonhos durante a noite enquanto dorme, mas não consegue trazê-los para a realidade do dia, quando está acordada. É um convite à imaginação, à criatividade e à liberdade de sonhar, própria das crianças.

Minhas mãos percorrem as páginas lisas, de papel couchê e boa gramatura do livro. Um volume bem apresentado, extremamente colorido, com ilustrações que ocupam a totalidade das páginas e texto sobreposto aos desenhos. São muitas imagens e detalhes essenciais para a compreensão da história.

Se não fosse o CD ou o DVD com a audiodescrição, seria uma obra totalmente inacessível para crianças cegas e com baixa visão. Escutei a audiodescrição, na interpretação de Marcia Caspary e estou encantada. O roteiro é dela, da Leticia Schwartz e Mimi Aragon.

Por alguns instantes retornei à minha infância. Assim como a personagem do livro, eu também tinha muitos sonhos durante a noite e queria que fossem verdade durante o dia. Os dias às vezes eram bastante difíceis.

Eu gostava muito de ler, mas nem todos os livros não eram acessíveis para mim. As letras eram pequenas e apagadas. A poluição das cores misturadas e desenhos sobrepostos atrapalhavam ou impediam minha leitura.

Na história, a menina descobre que os sonhos da noite são possíveis também durante o dia.

A audiodescrição desse livro (e de tantos outros) é, para mim, um sonho da noite – agora possível durante o dia ou a qualquer momento da vida. É fantástico ver que a literatura infantil também está se tornando acessível, trazendo mais cores e emoções a tantas crianças que enxergam o mundo através de seus outros sentidos.

Parabéns a todos que estão ajudando a transformar a literatura infantil e a cultura de modo geral em uma realidade possível, viável e, acima de tudo, emocionante dentro da realidade de tanta gente que vibra, ri, chora e se diverte com a audiodescrição!

Oficina de Poesia

Uma bela oportunidade para os amantes das letras e da literatura!

A ACERGS, em parceria com a Coordenação da Descentralização da Cultura – SMC, oferece a oficina de Criação Poética, em formato acessível, dando prioridade ao público deficiente visual (cegos ou baixa visão).

A partir da grande repercussão na 57ª Feira do Livro de Porto Alegre, a Prefeitura de Porto Alegre aprovou o projeto Poesia Inclusiva da poeta Roselaine Funari. As aulas iniciam 16 de abril, às 14h, na Acergs (Rua Gen. Andrade Neves,100, 5º andar – Porto Alegre). As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas na recepção do próprio local.

Maiores informações: (51) 32253816 / (51) 32254911