O olho às vezes me atrapalha. A visão embaraçada muitas vezes me trai. Minha retina desvairada me leva a tropeços constantes em ruas e calçadas esburacadas. Mas a rotina de tombos e tropicões me ensina também a levantar, a re-levantar e encarar a vida de diferentes maneiras.
O que a o olhar não encontra, a sensibilidade alcança.
O que a visão não reconhece, as mãos exploram.
O que o olho tem dúvida, os dedos tem certeza.
O que a retina não processa, o corpo percebe.
O que a visão não confirma, a intuição confere.
O que a visão não vê, o coração prevê.
Mundo-mundo, que tal nos reconhecermos pela essência e não pela aparência?