Arquivo da tag: Porto Alegre

OBRA “HISTÓRIAS DE BAIXA VISÃO” SERÁ LANÇADA EM CURITIBA E RIO DE JANEIRO

O livro é uma coletânea de dezenove autores que retratam suas perspectivas de ser e estar no mundo a partir da ótica da baixa visão.

Após sucesso no lançamento na Feira do Livro de Porto Alegre, o livro “Histórias de Baixa Visão” – organizado pela jornalista Mariana Baierle – começa agora a circular pelo Brasil e será lançado nas cidades de Curitiba e Rio de Janeiro. Na capital gaúcha, a sala oeste do Santander Cultural, com capacidade para noventa pessoas, ficou lotada e muita gente ficou do lado de fora. No dia 15 de dezembro (sexta-feira), às 19h, a obra será lançada oficialmente em Curitiba, na Livraria da Vila, no shopping Pátio Batel, às 19h. No dia 20 de dezembro será a vez do Rio de Janeiro, na Livraria e Bistrô Moviola, às 18h. Nas duas ocasiões estarão presentes parte dos autores do livro para um bate-papo com o público: em Curitiba, Manoel Negraes, Mariana Baierle, Marilena Assis e Rafael Martins dos Santos e, no Rio de Janeiro, Fernanda Shcolnik e Rafael Braz.

O livro “Histórias de Baixa Visão”, uma publicação da Editora CRV, dá visibilidade às questões relativas à deficiência visual, em especial à baixa visão. A obra traz relatos biográficos e crônicas de 19 autores acerca de suas experiências com a deficiência visual.

A partir da obra é possível entender que a baixa visão é uma maneira muito própria de enxergar e de se relacionar com o mundo, o que coloca os autores – assim como uma grande parcela da população – em uma posição intermediária entre a cegueira e a visão dita “normal”. Em todo o Brasil temos 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual. Desse total, conforme o último Censo do IBGE, apenas 500 mil são cegas. Os outros seis milhões de indivíduos tem baixa visão, ou seja, um nível de visão inferior a 30%. A pessoa com baixa visão possui um resíduo visual bastante útil em diversas situações cotidianas, não sendo nem uma pessoa que enxerga normalmente nem uma pessoa cega.

Sobre a obra:
http://tresgotinhas.com.br/obra-historias-de-baixa-visao-sera-lancada-na-feira-do-livro-de-porto-alegre/

Para aquisição do livro:
Em Porto Alegre, a obra é comercializada na Livraria Mosaico (Rua Riachuelo, 1264 – Centro Histórico, telefone (51) 3221 5553).
É possível adquirí-la também diretamente pelo site da Editora CRV em qualquer parte do país:
https://editoracrv.com.br/produtos/detalhes/32599-historias-de-baixa-visao

Facebook:
www.facebook.com/historiasdebaixavisao

SERVIÇO:

O quê: Lançamento em Curitiba/PR e bate-papo com os autores Manoel Negraes, Mariana Baierle, Marilena Assis e Rafael Martins dos Santos

Quando: 15 de dezembro (sexta-feira)

Local: Livraria da Vila – Shopping Pátio Batel (Avenida do Batel, 1868 – Curitiba/ PR)

Horário: 19h

O quê: Lançamento no Rio de Janeiro e bate-papo com os autores Fernanda Shcolnik e Rafael Braz

Quando: 20 de dezembro (quarta-feira)

Local: Moviola – Livraria e Bistrô (Rua das Laranjeiras, 280 – lojas B e C – Laranjeiras – Rio de Janeiro/RJ)

Horário: 18h

Autores do livro: Mariana Baierle (organizadora), Adenirce Davi, André Werkhausen Boone, Ariane Kravczyk Bernardes, Fernanda Cristina Falkoski, Fernanda Shcolnik, Franciele Brandão, Gabriel Pessoa Ribeiro, Gilberto Kemer, Grazieli Dahmer, Heniane Passos Aleixo, Maicon Tadler, Manoel Negraes, Marilena Assis, Rafael Braz, Rafael Faria Giguer, Rafael Martins dos Santos, Renato D’Ávila Moura e Teco Barbero

Apoio: Associação de Cegos do RS (ACERGS), Faders – Acessibilidade e Inclusão,Porta da Toca Estúdio e Som da Luz

Facebook: Livro Histórias de Baixa Visão

Estação Acessibilidade Feira do Livro de Porto Alegre 2015

Queridos leitores, gostaria de convidar a todos para que prestigiem minha apresentação dentro dos Colóquios de Inclusão da Feira do Livro 2015 aqui em Porto Alegre. Eu e Sidnei Schames (do Estúdio O Som da Luz) vamos ministrar o bate-papo “As potencialidades do mercado audiovisual para pessoas com deficiência”. Será dia 14 de novembro (sábado), às 16h30. Segue abaixo toda a programação da Estação da Acessibilidade na Feira, que estará repleta de atrações este ano. Imperdível!

Em 2013, a Feira do Livro ganhou a Estação Acessibilidade. Em 2014, ela se consolidou como uma ação afirmativa de Inclusão significativa para o público frequentador da Feira.Agora 2015, teremos os colóquios de Inclusão, as Visitas Guiadas, comercialização de Audiolivros e empréstimos de cadeiras de rodas. Mas o que são esses serviços? Confira abaixo :

O QUE SÃO OS COLÓQUIS DE INCLUSÃO?
Uma ferramenta de debate social de forma coletiva pensando na acessibilidade e inclusão na cultura e educação alinhados aos artigos 24 e 30 da Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

Quando? ocorrerão do dia 31.10.2015 a 15.11.2015 das 14h as 20h30min

Onde? Na Estação Acessibilidade

Interessados poderão se inscrever através do email: coloquiosdeinclusao@desenvolver-rs.com.br

Depois de inscrito e só acompanhar a programação completa dos colóquios de inclusão, diretamente do blog da Desenvolver no www.desenvolver-rs.com.br atualizado diariamente.

O QUE SÃO AS VISITAS GUIADAS?
Uma forma de acessibilidade para que as pessoas com deficiência visual possam circular na feira do livro com um guia o qual proporcionará a ela a percepção tátil e auditiva dos estandes , auxiliando para aquisição de livros ;

Quando? ocorrerão do dia 31.10.2015 a 15.11.2015 das 14h as 20h

Onde? Na Estação Acessibilidade com agendamento prévio

Como? Interessados poderão se inscrever : visitaguiada@desenvolver-rs.com.br

EMPRÉSTIMO DE CADEIRAS DE RODAS
Através de um cadastro prévio o visitante com mobilidade reduzida poderá ter acesso a cadeira de rodas de forma gratuita.

Quando? ocorrerão do dia 31.10.2015 a 15.11.2015 das 14h as 20h

Onde? Na Estação Acessibilidade

Como? Os interessados poderão realizar o cadastro presencialmente

COMERCIALIZAÇÃO DE AUDIOLIVROS

Diversos títulos estarão disponíveis para comercialização !

Quando? ocorrerão do dia 31.10.2015 a 15.11.2015 das 12h30 as 21h

Onde? Na Estação Acessibilidade

PROGRAMAÇÃO COMPLETA DOS COLÓQUIOS DE INCLUSÃO
DIA 31 DE OUTUBRO

14h – O que é a Estação da Acessibilidade – Serviços a serem oferecidos

Entidade: Comitê de Voluntários pela Acessibilidade da Feira

16h30min – Colóquios de Inclusão com Associação dos Familiares, Amigos e Portadores de Doenças Graves – AFAG (Campinas)

DIA 1º DE NOVEMBRO

14h – Colóquios de Inclusão com a Associação Gaúcha de Distrofia Muscular – Agadim

16h30min – A Cultura na Inclusão das crianças e adolescentes com deficiência

Entidade: RS Paradesporto

DIA 2 DE NOVEMBRO

16h30min – O que é Audiodescrição?

Ministrante: audiodescritora Marcia Caspary

4 DE NOVEMBRO

16h30min – Conceitos abstratos – Interpretação simultânea de português para Libras

Ministrante: Flávia Machado

19h – Empreendedorismo para jovens com deficiência, oficina

Entidade: Associação dos Familiares e Amigos do Down (Porto Alegre
DIA 5 DE NOVEMBRO

14h – Somos todos diferentes, mas temos algo em comum

Entidade: Com Associação dos Familiares e Amigos do Down – AFAD (Novo Hamburgo)

DIA 6 DE NOVEMBRO

14h – Dores da Alma

Ministrante: Flávio Ferreira, da Associação dos Amigos, Parentes e Portadores de Ataxias Dominantes – AAPPAD (Porto Alegre)

16h30min – O autismo só precisa da sua compreensão

Entidade: Instituto Autismo & Vida (Porto Alegre)

DIA 7 DE NOVEMBRO

14h – Coloquios de Inclusao com as Inclusivass

19h – Colóquios de Inclusão com a Associação dos Familiares e Amigos do Down (Porto Alegre

DIA 8 DE NOVEMBRO

16h30min – A fotografia como ferramenta de inclusã
Ministrante: fotógrafo Pablo Porto,

DIA 9 DE NOVEMBRO

14h – O Lazer e o Turismo para as pessoas com deficiência

Entidade: ONG Caminhadores RS

DIA 10 DE NOVEMBRO

14h – Colóquios de Inclusão com o Projeto Rumo Norte (Porto Alegre)

DIA 11 DE NOVEMBRO

14h – O teatro como ferramenta de inclusão social

Entidade: Associação Legato – Centro Inclusivo de Artes (Canoas)

Participantes: Renata Flores, André V. da Silva e Consuello Valandro Barbo

DIA 13 DE NOVEMBRO

19h – A negociação do diagnóstico de Autismo

Ministrante: cientista social Fernanda Ferreira
DIA 14 DE NOVEMBRO

14h – O autocuidado na escrita, workshop com a arteterapeuta Marilice Costi

Entidade: Revista O Cuidador

16h30min – As potencialidades do mercado audiovisual para pessoas com deficiência

Ministrantes: Mariana Baierle (FM Cultura) e Sidnei Schame (Estúdio O Som da Luz)

19h – Lançamento do livro Concertos feitos de ex-tragos, de Júlio Alves

15 DE NOVEMBRO

16h30min – Escuta inclusiva – Construindo a Estação da Acessibilidade de 2016, com Sônia Zanchetta

Festival de Cinema Acessível movimenta cena cultural no Estado

O Festival de Cinema Acessível vai movimentar a cena cultural do Estado com títulos do cinema brasileiro. Este será o primeiro festival de cinema do país em que pessoas com e sem deficiência poderão assistir, na mesma sessão, a clássicos do cinema nacional. “As pessoas com deficiência ainda são pouco lembradas enquanto público-alvo de obras fílmicas. Queremos romper com essa ideia e mostrar que cinema é lugar de todos”, garante o gestor e idealizador do projeto Sidnei Schames.

Os longas-metragens “O Tempo e o Vento”, “O Homem que Copiava”, “Saneamento Básico, O Filme” e “Dois Filhos de Francisco” serão exibidos com recursos de acessibilidade para pessoas cegas, com baixa visão, surdas e com deficiência auditiva. A primeira etapa do Festival vai acontecer entre maio e junho na Cinemateca Paulo Amorim da Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre, sempre nas sextas-feiras às 19h30. No mês de agosto já está prevista uma sessão especial durante a Semana Estadual da Pessoa com Deficiência com a exibição de um dos títulos de maior sucesso durante o Festival.

Os preparativos para o Festival estão em fase avançada e nessa reta final estão envolvidos mais de vinte profissionais, entre roteiristas, narradores, consultores em audiodescrição, intérpretes de Libras, cinegrafistas, produtores culturais, curadores, técnicos de áudio e de estúdio, comunicadores e profissionais de legendagem.

O Festival de Cinema Acessível é uma realização do Estúdio Som da Luz através da Lei Rouanet, com patrocínio do Banco do Estado do Rio Grande do Sul e Banrisul Consórcio e apoio da Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana. A curadoria é de Gilnei Silveira e Zé Geraldo.

Na segunda etapa do projeto, que aguarda patrocinadores, serão exibidos mais cinco filmes. Entre os possíveis títulos estão: “Se eu fosse você”, “O Palhaço”, “Tropa de Elite 1 e 2”, “Jogo de Cena”, “Xingu” e “Quando eu era vivo”. Para o consultor em audiodescrição do Festival, Felipe Mianes, que tem deficiência visual, “é imprescindível que empresários e produtores culturais percebam a importância de apoiar um Festival como esse. Nós queremos ir ao cinema e os locais não estão preparados para nos receber”.

SERVIÇO:

O quê: Festival de Cinema Acessível

Datas: 8 de maio (O Homem que copiava); 22 de maio (Saneamento Básico, O Filme); 5 de junho (O Tempo e o Vento) e 19 de junho (Dois filhos de Francisco) – sempre nas sextas-feiras

Horário: 19h30

Onde: Cinemateca Paulo Amorim da Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736 – Centro – Porto Alegre/RS)

Facebook: Festival de Cinema Acessível

Ingresso: entrada franca com recerva prévia pelo email festivalcinemaacessivel@gmail.com

PELA LIBERDADE DE DAR UMA VOLTA NA QUADRA

Uma das coisas que mais me incomoda em Porto Alegre é o precário estado de conservação das calçadas. São buracos, lajotas quebradas, desníveis e todo tipo de obstáculo no caminho. Se não bastassem os fradinhos (aqueles postes baixinhos, mais conhecidos como “capa-cegos”), é preciso também desviar de placas, orelhões, propagandas comerciais, lixeiras, postes, entulhos e até carros estacionados nas calçadas!

Na avenida Vicente da Fontoura, onde circulo todos os dias, em frente ao Colégio Santa Cecília, por exemplo, tenho evitado caminhar no horário das 18 horas. Isso porque é o horário de saída das crianças da escola. Os pais não tem onde estacionar na rua para buscar os filhos. Então eles adotaram a “brilhante” solução de subir todos na calçada e ficar interrompendo a passagem dos pedestres. Semana passada desviei de uns cinco carros que formavam um verdadeira labirinto para ser percorrido com a bengala. Ninguém veio me ajudar. Quando estava feliz (pensando que tinha me livrado daquele emaranhado de armadilhas) fui desviar do último carro e acabei batendo na grade de ferro da escola. Não me machuquei gravemente, mas poderia ter ficado com o rosto marcado ou até me cortado.

Foi uma situação constrangedora. Fiquei com muita raiva, não apenas pela dor física, mas pelo sentimento de ser constantemente submetida a esse tipo de situações. É como se fosse uma prova de resistência emocional a qual sou submetida todos os dias.

Não é apenas em frente àquela escola o problema de falta de acessibilidade em Porto Alegre. Na verdade, eu sinto falta de poder sair de casa em um dia qualquer, em um horário qualquer (sem ter de cuidar se é horário de saída das escolas), e poder dar apenas UMA VOLTA NA QUADRA DE FORMA DESPREOCUPADA. Quando cheguei na academia (local onde estava indo aquele dia quando bati na grade do Colégio) desabafei com minha professora e ela concordou comigo dizendo que eu nunca poderia sair na rua distraidamente.

Fiquei pensando sobre isso… Eu NUNCA vou poder sair na rua descontraidamente para dar uma volta na quadra, pensando na vida, cantando uma música, caminhando livremente pelas calçadas? Sempre terei o risco de cair em um buraco, de me surpeender com um obstáculo, obra, carro ou placa no caminho… Apesar de eu conviver diariamente com essa situação, senti um aperto no coração, pois me dei conta de que ao longo dos meus 28 anos jamais caminhei livremente em nenhuma calçada da minha cidade.

Lembrei daqueles dias em que o sol está agradável e as pessoas saem para caminhar na rua, principalmente agora que está chegando a primavera. Não, nem nesses dias eu posso sair tranquila para caminhar de forma relaxada. Sair na rua para mim – e para tantas outras pessoas com deficiência – significa tensão e necessidade de atenção constante.

Em época de eleições, em meio a tantas propostas inconsistentes, me pergunto… Tem algum candidato preocupado em fiscalizar a conservação das calçadas de Porto Alegre e do país? Tem algum candidato comprometido em solucionar esse e tantos outros problemas que realmente fazem diferença na vida das pessoas? Espero que um dia todas as pessoas possam circular pelas calçadas despreocupadas e tranquilas. Não apenas por terem acessibilidade nas calçadas, mas por temos emprego, saúde, educação, desenvolvimento sustentável e qualidade de vida.