Sempre que preciso atravessar a avenida Protásio Alves – uma das maiores e mais movimentadas vias da capital -, na altura da rua João Abott, bairro Petrópolis, fico revoltada com a situação que me deparo. Existe uma sinaleira para a travessia de pedestres na Protásio Alves, quase em frente à loja Kandiero, que faz parar o trânsito apenas nas pistas em que passam carros. No corredor de ônibus, que fica no meio da Protásio Alves (onde passam ônibus nos dois sentidos), não existe sinaleira!
Ou seja, eu espero os carros pararem na sinaleira e vou até o meio da rua, onde fica o corredor de ônibus. La chegando, posso ficar esperando eternamente, mas os ônibus não param porque não há sinaleira. Existe faixa de segurança, mas nunca vi nenhum ônibus parar para mim ou qualquer outro pedestre. O trecho é uma descida, então eles passam em alta velocidade, o que aumenta ainda mais o risco em atravessar ali.
Isso que nem estou entrando na questão das sinaleiras sonoras, praticamente uma peça de museu em Porto Alegre, algo realmente muito raro, quase coisa de outro mundo. Estou falando em coerência no trânsito. Não entendo como a prefeitura e os técnicos de trânsito colocam uma sinaleira para pedestres passarem apenas nas pistas dos carros e não no corredor de ônibus. O pedestre não tem o direito de atravessar a Protásio Alves por completo? Pode ir apenas até o meio?
Circulo por aquela região cerca de duas vezes por semana e a dificuldade é imensa. Não apenas para quem não enxerga bem, mas para qualquer pedestre. De que adianta ir ate o meio da rua se não é possível seguir até o outro lado?
Cansei de esperar. Quero um resultado. Quero uma sinaleira. Quero meus direitos respeitados!
Faço um apelo aos meus amigos e leitores para que me ajudem a divulgar essa reivindicação por uma sinaleira no corredor de ônibus na Protásio Alves, na altura da João Abott. Peço, por favor, para que me ajudem a mandar essa mensagem por email para seus contatos. Vamos mobilizar os meios de comunicação e a sociedade. Isso pode parecer uma reivindicação pequena para alguns, mas é uma questão fundamental para quem tem deficiência visual e precisa lidar diariamente com essa e outras situações lamentáveis.
A situação de travessia no local descrito acima procede perfeitamente. Para falar a verdade nunca havia reparado nisso, mas agora vejo que foi levantada uma questão realmente muito importante. Espero que tal publicação abra outros olhos e que seja feita a adequação do lugar em questão.
Não frequento tanto assim essa região, mas gostaria de saber se algo mudou de agosto pra cá. Temos que se mexer mesmo.