Instituto de Letras da UFRGS adquire tecnologias assistivas para servidoras com deficiência visual

O Instituto de Letras da UFRGS, através das diretoras Carmem Luci da Costa Silva e Marcia Velho, adquiriu tecnologias assistivas que irão permitir maior autonomia a duas servidoras com deficiência visual. Mariana Baierle e Renata Lauermann atuam no Núcleo Acadêmico do Instituto de Letras (NAIL). Mariana é assistente em administração e trabalha no NAIL desde 2019; Mariana é também doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFRGS. Renata é técnica em assuntos educacionais e está no setor desde 2015, sendo mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRGS. As duas possuem baixa visão, sendo que Mariana tem cerca de cinco por cento de visão e Renata cerca de trinta por cento.

As tecnologias adquiridas são óculos inteligentes, chamado Orcam, e uma lupa eletrônica. O primeiro permite a leitura de qualquer texto, seja um livro, polígrafo, folhas avulsas, cartazes nas paredes, cardápios ou até superfícies digitais como a tela de um computador ou tablet. Os óculos fotografam o texto e transforma instantaneamente o que está escrito em áudio para o usuário escutar o conteúdo. O equipamento faz ainda o reconhecimento de até 150 faces que podem ser cadastradas no banco de dados e fala o nome das pessoas quando elas se aproximam do usuário. A lupa eletrônica é portátil e possui uma tela que amplia o conteúdo para que o usuário com baixa visão leia materiais diversos, podendo modificar o tamanho da letra, as cores e o contraste do texto.

“Antes, seria necessário digitalizar todo material impresso e editar o texto, em um longo processo, para que eu tivesse acesso ao conteúdo através do leitor de tela no computador. Agora, os óculos falam tudo instantaneamente. Isso representa uma autonomia e independência incríveis”, relata Mariana.

“Ficamos imensamente felizes que a direção do IL tenha percebido a importância de investir em acessibilidade e de nos permitir essa melhoria nas nossas condições de trabalho e estudo. Isso deve servir de exemplo para outras instâncias, dentro e fora da Universidade”, comenta Renata.

As diretoras relatam que foi a primeira vez que se depararam com tal demanda por acessibilidade, vinda justamente de um setor que lida com a vida acadêmica dos alunos, de fundamental importância para todo o fluxo administrativo do curso de Letras.

“Ao recebermos a demanda, compreendemos prontamente a relevância do pedido. Não medimos esforços para providenciar as tecnologias e em menos de três meses os equipamentos já estavam disponíveis para nossas servidoras”, lembra Carmem.